CARDÁPIO ESCOLAR
ALUNOS PRÉ - 2014
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A IMPORTÂNCIA DA MERENDA ESCOLAR
Todo ser humano tem suas “necessidades nutricionais”, que definimos como a quantidade de nutrientes e energia contida nos alimentos, necessidades essas que podem interferir no crescimento e desenvolvimento do indivíduo se este não supri-la, pois depende das condições e do estilo de vida de cada um (CUPPARI,2006 ).
Contudo, a alimentação é um importante fator em qualquer fase da vida, uma alimentação balanceada promove saúde e bem estar (SIZER, WHITNEY, 2003).
Os hábitos alimentares na infância tendem a se solidificar na vida adulta, portanto, bons hábitos alimentares na infância tornarão adultos mais saudáveis e a merenda escolar é um forte aliado na formação de hábitos alimentares saudáveis (LOPES, BRASIL, 2004).
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foi implantado no Brasil em 1955 com o objetivo de atingir 15% das necessidades nutricionais diárias dos alunos, diminuir o baixo rendimento e a evasão escolar, formar hábitos alimentares saudáveis através da distribuição de refeições nos intervalos das aulas. O Programa assegurado pela Constituição de 1988, tem caráter universal e atende cerca de 36 milhões de alunos (STURION, et al 2005).
Os recursos do Programa são destinados única e exclusivamente à compra de gêneros alimentícios, sendo 70% para produtos básicos e 30% para aquisição de produtos da agricultura familiar (MUNIZ, CARVALHO, 2005).
A merenda desempenha um papel de grande importância nos hábitos alimentares dos escolares, uma vez que o incentivo a boa alimentação pode evitar doenças futuras, entre elas obesidade, hipertensão arterial entre outras complicações. Todavia, o Programa de Alimentação Escolar merece um papel de destaque, uma vez que a partir do mesmo, pode ser incorporados estratégias de intervenção e educação nutricional e orientar os alunos sobre os valores calóricos de alimentos vendidos nas cantinas das escolas (DANELON, DANELON, SILVA, 2006).
De acordo com SALAY apud CHAVES et al, 2005:
“É indispensável que as escolas forneçam um cardápio que seja capaz de atender às necessidades nutricionais dos alunos durante sua permanência em sala de aula (...)”.
Portanto, é necessário que haja um nutricionista para a elaboração de um cardápio balanceado. A má alimentação na infância contribui para o aparecimento de doenças dentre as quais estão a obesidade, que é o acúmulo de gordura no tecido adiposo. A obesidade traz consigo co-morbidades, ou seja, outras doenças relacionadas a ela: doenças cardiovasculares, diabetes, aumento dos níveis de colesterol.
Para combater a obesidade infantil é necessária uma dieta equilibrada sem muitas restrições associada a exercícios físicos, por isso é indispensável à avaliação antropométrica das crianças nas escolas e um cardápio balanceado (SOARES, PETROSKI, 2003).
A avaliação antropométrica é feita a partir da aferição do peso e da altura, calculando-se o IMC (Índice de Massa Corpórea) sendo o valor do peso dividido pela altura ao quadrado (PESO /ALTURA x ALTURA) para alunos dos anos finais e para os alunos dos anos iniciais esses valores são colocados em tabelas com curvas onde é comparado o peso por idade, peso por altura e altura por idade.
Diante de tantas informações, podemos afirmar que a alimentação escolar é um instrumento eficaz para a recuperação dos hábitos alimentares adequados e na promoção da segurança alimentar nas escolas. Promover bons hábitos alimentares nas escolas é trabalhar também a favor de uma melhor aprendizagem, pois o aluno bem alimentado mostra um potencial maior. Uma alimentação saudável é a base para o crescimento de gerações.
“Enquanto metade da humanidade não come, a outra
metade não dorme, com medo da que não come”.
Josué de Castro
Karem Kamimura
Nutricionista - Depto de Educação